Sonda da NASA registra lua em forma de batata e tempestades de Júpiter

Na última sexta-feira (8), o Olhar Digital divulgou imagens de Júpiter feitas pela sonda Juno, da NASA, em 23 de outubro, durante o 66º perijove – sobrevoo próximo do planeta. Na ocasião, a espaçonave passou pelos polos do gigante gasoso, obtendo registros espetaculares e inéditos.

Agora, a agência acaba de disponibilizar novas capturas feitas durante aquela manobra, que mostram as cores vibrantes e tempestades caóticas que dominam a atmosfera de Júpiter, além da lua Amalteia, o quinto satélite natural do planeta.

Uma imagem de uma Região Filamentar Dobrada (FFR) em Júpiter, obtida pela sonda Juno durante o 66º sobrevoo próximo ao planeta, em 23 de outubro. Créditos: NASA / SwRI / MSSS / Jackie Branc

Captadas pela câmera JunoCam, as imagens foram disponibilizadas ao público e processadas por cientistas cidadãos, que aplicaram filtros para destacar as cores e os contrastes das nuvens e tempestades jupiterianas. 

Essas fotos revelam uma complexa estrutura atmosférica, com faixas de cores vivas, formações turbulentas e vórtices impressionantes. Entre os destaques, está a imagem de uma “Região Filamentar Dobrada” (FFR), comum nas latitudes subpolares de Júpiter, processada pela astrônoma amadora e astrofotógrafa Jackie Branc, da Inglaterra. Nessa área, nuvens brancas e ondulantes formam filamentos que representam as tempestades dinâmicas do planeta.

Além de Júpiter, a sonda Juno registrou imagens de Amalteia, uma pequena lua com apenas 84 quilômetros de diâmetro, frequentemente referida como “em forma de batata”. O cientista cidadão Gerald Eichstädt, da Alemanha, aplicou ajustes de balanço de branco para dar destaque à lua, separando-a do fundo escuro do espaço.

Almateia, a quinta lua de Júpiter, em seu “formtato de batata”, vista pela sonda Juno, da NASA. Créditos: NASA / JPL / SwRI / MSSS / Gerald Eichstädt

Desde que chegou a Júpiter, em julho de 2016, Juno tem realizado uma série de observações detalhadas do planeta e suas luas, em uma missão que originalmente deveria ter sido concluída em 2021. Com a missão estendida até setembro de 2025, a sonda continuará fornecendo informações valiosas sobre a formação e evolução do gigante gasoso até seu mergulho final na atmosfera jupiteriana, onde será destruída.

Esses dados visuais e atmosféricos oferecem aos cientistas uma visão mais profunda sobre as dinâmicas internas de Júpiter e ajudam a desvendar a história e a composição do maior planeta do Sistema Solar.

Júpiter visto pela sonda Juno, da NASA, durante um sobrevoo próximo. Créditos: NASA / JPL-Caltech / SwRI / MSSS / Brian Swift

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Júpiter não tem superfície

Sem dúvida, Júpiter está entre os mundos mais surpreendentes do Sistema Solar. Composto majoritariamente de gás, o planeta não possui uma superfície sólida, tornando impossível pousar ou caminhar sobre ele. 

Localizado entre Marte e Saturno, Júpiter é tão imenso que seria capaz de comportar mais de mil planetas do tamanho da Terra em seu interior.

Diferentemente dos planetas rochosos mais próximos do Sol (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), Júpiter é um gigante gasoso, composto principalmente por hidrogênio e hélio – os mesmos elementos que compõem o Sol, o que faz com que ele seja um mundo dinâmico e turbulento.

Qualquer espaçonave que tentasse penetrar na atmosfera de Júpiter enfrentaria pressões cada vez maiores e temperaturas extremamente elevadas, sendo destruída antes de atingir camadas mais profundas. Saiba mais aqui.

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