A aproximação entre Brasil e China continua. Após assinar um acordo com a empresa chinesa SpaceSail, concorrente da Starlink, de Elon Musk (saiba mais sobre o assunto clicando aqui), o governo brasileiro anunciou uma série de novas parcerias comerciais com os chineses.
No total, foram fechados 37 novos acordos em áreas como agricultura, intercâmbio educacional e cooperação tecnológica. Eles foram firmados durante visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Palácio do Alvorada nesta quarta-feira (20).
Brasil se manteve de fora da Nova Rota da Seda
Em declaração após a reunião, o presidente Lula afirmou que os dois países elevaram a parceria estratégica global ao patamar de “comunidade de futuro compartilhado por um mundo mais justo e um planeta sustentável”. O governante brasileiro disse querer ampliar e diversificar a pauta comercial com a China.
Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial. Por essa razão, estabeleceremos sinergias entre as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a NIB (Nova Indústria Brasil), o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica, e a Iniciativa Cinturão e Rota.
Lula, presidente do Brasil
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A última iniciativa mencionada pelo presidente brasileiro se refere ao maior programa de infraestrutura da China no exterior, conhecido como Nova Rota da Seda. Os chineses esperavam anunciar a adesão do Brasil à iniciativa, mas o governo brasileiro decidiu não assinar o acordo em sua plenitude.
O Planalto explicou que considera que já há iniciativas em curso e que pode continuar buscando investimentos chineses sem se alinhar diretamente a estratégia geopolítica de Xi Jinping. China e Brasil já integram o BRICS e se aproximaram ainda mais ao apresentarem em conjunto uma proposta de resolução política para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Lembrando que a China é a maior parceira comercial do Brasil desde 2007. Em 2023, o comércio bilateral atingiu o recorde histórico de US$ 157 bilhões (mais de R$ 913 bilhões).
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Quatro grandes eixos de investimento
- Segundo Lula, o aumento da participação chinesa se dará em quatro grandes eixos: investimentos em obras do Novo PAC, construção e reforma das rotas de integração regional na América do Sul, aportes em projetos de transição energética e modernização do parque industrial.
- Foram assinados acordos nas áreas de: comércio e investimentos; infraestrutura; indústria; energia; mineração; finanças; comunicações; desenvolvimento sustentável; turismo; esportes; saúde e cultura.
- Em seu discurso, o petista deu destaque à participação de empresas chinesas na área de infraestrutura no Brasil, como na construção de usinas hidrelétricas e ferrovias.
- O presidente brasileiro ainda anunciou que a BRF, maior produtora de carne do mundo, investirá US$ 80 milhões (cerca de R$ 465 milhões) na compra de uma moderna fábrica para o processamento de carnes em Henan, na China.
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