A rede social de textos curtos Bluesky acaba de atingir oficialmente a marca de 15 milhões de usuários registrados. O número foi compartilhado pela primeira vez pelo Stats for Bluesky, site que usa a API da plataforma para obter estatísticas sobre ela.
O desempenho parece pequeno diante dos dois principais concorrentes. Os números, no entanto, são bastante relevantes se levarmos em consideração apenas a própria rede social. Em novembro de 2023, o Bluesky tinha dois milhões de adeptos. Ou seja, em um ano, foram 13 milhões a mais – média superior a um milhão de novas contas por mês.
Para efeitos de comparação, o X (antigo Twitter) ainda ocupa a liderança do segmento, com cerca de 500 milhões de usuários ativos. Já o Threads, da Meta, aparece em segundo, com 275 milhões de usuários – e crescendo num ritmo acelerado.
O Bluesky, com 15 milhões, ainda não faz nem cócegas na concorrência, mas começa a se consolidar como uma espécie de terceira via. Uma alternativa para quem abandonou o X e não gostou do Threads.
Como rememora o The Verge, uma das vantagens do azarão dessa corrida são alguns recursos que só ele oferece. Por exemplo, uma ferramenta “antitoxicidade”, que ajuda as pessoas a evitarem o assédio nas redes. Além disso, o Bluesky possui a opção de o usuário personalizar o próprio feed.
Crescimento do Bluesky nos EUA
- O Bluesky ficou bastante conhecido aqui no Brasil há alguns meses, quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu as atividades do X;
- Apesar de algumas críticas, a rede social, ao lado do Threads, se mostrou uma alternativa consistente ao antigo microblog do passarinho azul;
- A plataforma experimenta, agora, crescimento parecido nos Estados Unidos;
- E os especialistas atribuem esse movimento às eleições presidenciais no país – disputa que resultou na vitória de Donald Trump;
- Muitos usuários do X estão revoltados com Elon Musk, que fez campanha para o republicano e estará no governo;
- Afirmam que o empresário teria permitido que a rede social se tornasse um palanque para o ex-presidente, ao mesmo tempo em que espalhava notícias falsas sobre os rivais democratas;
- Esses usuários insatisfeitos estão buscando uma alternativa ao X – e a encontraram no Bluesky;
- A plataforma também contou recentemente com a adesão de grupos de fãs da cantora Taylor Swift;
- Eles argumentam que o X permite a disseminação do discurso de ódio, enquanto o Bluesky possui ferramentas contra o assédio.
Leia mais:
- Bluesky ou Threads: qual é a melhor alternativa ao X?
- Como encontrar pessoas no Bluesky
- Bluesky também terá assinatura premium, mas com limitações
Importante jornal também deixou o X recentemente
Os fãs de Taylor Swift e os eleitores democratas não são os únicos que deixaram o X recentemente. O jornal britânico The Guardian, um dos mais conceituados do mundo, anunciou, nesta quarta-feira (13), que não publicaria mais nada na rede social de Elon Musk.
Em texto publicado no Instagram, o Guardian afirma que as vantagens de usar a plataforma se tornaram inferiores aos “aspectos negativos”.
Entre os fatores que pesaram na decisão, a equipe do jornal destacou os discursos de ódio permitidos na plataforma, as teorias da conspiração de extrema direita e o racismo.
Ainda segundo o comunicado, as eleições presidenciais nos Estados Unidos apenas confirmaram esse cenário.
“A campanha eleitoral presidencial dos EUA serviu apenas para sublinhar o que consideramos há muito tempo: que X é uma plataforma de mídia tóxica e que seu proprietário, Elon Musk, tem sido capaz de usar sua influência para moldar o discurso político”, escreveu o jornal nas redes sociais. Você pode ler mais sobre a saída do Guardian do X neste outro texto do Olhar Digital.
E quem também abandonou a rede de Musk foi o clube alemão St. Pauli, esquerdista e defensor das minorias, alegando que o X se tornou um ambiente que dissemina ódio. Leia mais sobre neste link.
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