A participação de Elon Musk no futuro governo Donald Trump não é surpresa para ninguém. O bilionário e o republicano falaram várias vezes sobre o assunto durante a campanha – e o presidente eleito voltou a bater nessa tecla após a vitória.
Ao lado do também empresário Vivek Ramaswamy, o dono da Tesla vai comandar o novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Trata-se de um órgão consultivo com objetivo de reduzir burocracias e otimizar a máquina pública.
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Ok, esses conceitos fazem parte do manual do liberalismo. Mas o que eles significam na prática? Como a dupla pretende atuar e quais medidas eles vão adotar?
As primeiras respostas para esses questionamentos estão em um artigo assinado pela dupla e publicado no The Wall Street Journal.
Cruzada contra as agências federais
- No texto, a dupla deixa claro que seu principal objetivo é reduzir a influência das agências federais americanas.
- Afirmam que muitas das normas e decisões em curso no país vieram de funcionários dessas agências, que, segundo eles, não foram eleitos para nada.
- Para Musk e Ramaswamy, as grandes decisões da América devem passar apenas pelo presidente e pelo Congresso apenas.
- Ainda sobre as agências, eles vão avaliar o número mínimo necessário de funcionários públicos para mantê-las em operação.
- Os outros serão demitidos.
- A dupla também sugeriu que o governo Trump pode exigir o retorno de funcionários públicos ao modelo de trabalho 100% presencial.
“Se funcionários federais não querem aparecer, contribuintes americanos não deveriam pagar pelo privilégio de ficar em casa proveniente do tempo da Covid-19”, escreveram.
- Musk acredita que o modelo presencial pode gerar renúncias voluntárias de cargos – o que seria bem-vindo na avaliação dele.
- Os novos conselheiros querem ainda cortar alguns gastos federais, como os fundos de US$ 535 milhões anuais para a Corporation for Public Broadcasting.
- Ah, o próprio DOGE também estaria na mira: os dois querem concluir os trabalhos e encerrar o departamento até julho de 2026.
DOGE e as bitcoins
Elon Musk não seria ele mesmo se não fossem as polêmicas… Mal chegou no governo dos Estados Unidos, e ele já acumulou mais uma para a conta.
Musk é um dos principais entusiastas de uma criptomoeda que se chama Dogecoin. Ela nasceu em 2013 a partir de um meme de internet, mas cresceu bastante, figurando hoje na lista dos 10 principais ativos do tipo no mundo.
A Dogecoin homenageia uma cachorra da raça japonesa Shiba Inu, que deu origem ao meme “Doge”. A feição “impressionada” do animal viralizou na rede social Tumblr, para mostrar surpresa com algo de forma sarcástica.
Como você pôde perceber, o nome da moeda é exatamente o mesmo do futuro Departamento público que o empresário vai liderar. E a “coincidência” levou a uma disparada nos valores do ativo. Desde a eleição de Trump, a Dogecoin registrou uma alta superior a 300%!
Musk é dono de algumas dessas moedas e enriqueceu com esse movimento. A manobra incomodou alguns investidores, que entraram com um processo contra o bilionário, sob a acusação de que ele havia manipulado o mercado.
O dono da Tesla venceu em primeira instância e algumas pessoas já desistiram da ação. Afirmaram que Musk parece estar “acima da lei” no país. Disseram ainda temer o comportamento do empresário (e a carta branca que ele terá) durante o governo de Donald Trump.
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