A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é uma técnica inovadora de tratamento que vem ganhando espaço no campo da saúde mental e neurológica. Se você ou alguém que conhece está em busca de novas opções terapêuticas, vale a pena entender melhor essa técnica, que está cada vez mais acessível em centros especializados e pode trazer alívio em casos onde outros tratamentos não surtiram o efeito desejado.
Usada em casos resistentes a tratamentos convencionais, a EMT oferece uma alternativa não invasiva, utilizando campos magnéticos para estimular áreas específicas do cérebro. A seguir, vamos explorar como a EMT funciona, para quem ela é indicada, seus benefícios e o que esperar de uma sessão típica.
O que é a Estimulação Magnética Transcraniana?
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é uma técnica não invasiva de estimulação cerebral que utiliza campos magnéticos para ativar áreas específicas do cérebro. É usada principalmente em tratamentos psiquiátricos e neurológicos, sendo especialmente eficaz para depressão resistente ao tratamento, embora também seja estudada para outras condições, como ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), e dor crônica.
A EMT é considerada eficaz para casos de depressão que não respondem a medicamentos ou psicoterapia. Estudos indicam uma taxa de sucesso significativa, com remissão em até 30% dos casos resistentes após o tratamento.
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Pesquisas preliminares sugerem que a EMT também pode ajudar a reduzir sintomas de TOC e ansiedade, embora seja usada com menor frequência e com resultados ainda sendo estudados.
Em algumas aplicações, a EMT tem sido usada para tratamento de dor crônica e recuperação de funções motoras após AVC.
Também pode ser usada para tratar alucinações auditivas e zumbidos. O tratamento faz com que os neurônios da região posterior do cérebro, responsável pela interpretação de estímulos sonoros, voltem a funcionar normalmente.
Recentemente, foi desenvolvida uma nova modalidade de EMT, a TBS, que tem sessões mais curtas, de cerca de 10 minutos, em comparação com as cerca de 45 minutos da EMT convencional.
A EMT é um tratamento reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina e aprovado pela FDA nos EUA. É uma alternativa aos antidepressivos e pode ser usada em casos em que eles não funcionam adequadamente.
Como funciona a Estimulação Magnética Transcraniana?
A EMT é um tratamento não invasivo que utiliza campos magnéticos para estimular regiões específicas do cérebro, geralmente envolvidas no humor e no controle emocional. Durante o procedimento, uma bobina eletromagnética é posicionada perto da cabeça do paciente. Quando ativada, essa bobina gera pulsos magnéticos que penetram no crânio e induzem correntes elétricas nas células nervosas da área alvo.
Dependendo da frequência e intensidade do pulso, a EMT pode aumentar ou diminuir a atividade cerebral, promovendo mudanças benéficas para condições como depressão, TOC, ansiedade e dor crônica.
A técnica é aplicada em sessões que duram entre 20 a 40 minutos, geralmente realizadas de 5 a 6 vezes por semana, ao longo de várias semanas, até que a resposta ao tratamento seja alcançada.
Riscos e efeitos colaterais
A EMT é considerada um procedimento seguro, com baixo risco de efeitos colaterais graves, especialmente quando comparada a tratamentos invasivos. Contudo, pode causar alguns efeitos colaterais, que variam de leves a moderados. Entre os mais comuns estão:
- Dores de cabeça e desconforto no couro cabeludo: podem ocorrer dores de cabeça leves e sensibilidade na área estimulada, geralmente logo após a sessão. Esses sintomas costumam melhorar após as primeiras sessões e podem ser aliviados com analgésicos comuns.
- Contrações musculares no rosto: o campo magnético pode afetar os músculos do rosto próximos à área de tratamento, causando pequenas contrações involuntárias. Esse efeito é temporário e inofensivo.
- Tontura e fadiga: alguns pacientes relatam sentir-se levemente tontos ou fatigados após a sessão, embora esses sintomas geralmente desaparecem rapidamente.
- Risco de convulsões: embora raro, existe um pequeno risco de convulsões, especialmente em pessoas com histórico de epilepsia. Esse risco é minimizado através de uma avaliação prévia e com a adaptação das configurações da EMT de acordo com o perfil do paciente.
- A EMT é uma opção promissora e segura, mas deve ser administrada sob supervisão médica e com avaliações periódicas para monitorar a resposta ao tratamento. Para saber mais, o site da Associação Americana de Psiquiatria e o Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH) fornecem informações detalhadas sobre a técnica e sua aplicação na prática clínica.
O custo da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) no Brasil pode variar entre R$ 350 e R$ 600 por sessão, dependendo de vários fatores: localização geográfica, clínica ou centro de tratamento, quantidade de sessões necessárias, profissional ou serviço de saúde.
O tratamento inicial de EMT costuma ter 20 sessões, que podem ser feitas diariamente, durante cerca de quatro semanas.
Alguns planos de saúde podem cobrir parte dos custos, especialmente se a EMT for indicada para depressão resistente ao tratamento, mas essa cobertura varia conforme a política de cada operadora. A técnica ainda é considerada cara devido ao custo elevado dos equipamentos e à necessidade de profissionais qualificados para administrar o procedimento.
É indicada principalmente para adultos com condições como depressão resistente ao tratamento, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), e algumas formas de dor crônica. No entanto, existem critérios específicos para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
Em pessoas com depressão resistente ao tratamento é o uso mais comum da EMT, indicada para pacientes que não responderam a duas ou mais tentativas de tratamento com medicamentos antidepressivos ou psicoterapia.
Pode ajudar na redução dos sintomas de TOC e de ansiedade em casos refratários, mas deve ser realizada em centros especializados.
Em pacientes com dor crônica e recuperação neurológica, algumas formas de EMT também têm mostrado benefícios na redução de dor crônica e na recuperação de funções motoras após AVC.
Critérios e restrições:
A EMT é contraindicada para pessoas com histórico de:
- Epilepsia ou convulsões: há um risco pequeno de convulsões durante o tratamento.
- Implantes metálicos na cabeça: como marcapassos, clipes de aneurisma ou dispositivos implantados que podem interferir com o campo magnético.
- Certos distúrbios psiquiátricos: como transtornos psicóticos, já que a EMT pode aumentar sintomas psicóticos em algumas pessoas.
Para se candidatar à EMT, é necessária uma avaliação médica, incluindo histórico médico e, em alguns casos, exames neurológicos. Ela não é indicada para menores de idade, exceto em estudos experimentais em ambiente hospitalar, sob acompanhamento médico rigoroso.
A avaliação e a consulta com um especialista em saúde mental ou neurologia são essenciais para determinar a elegibilidade do paciente para EMT.
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