As grandes empresas de tecnologia estão cada vez mais investindo em modelos de inteligência artificial “soberanos”, com foco na infraestrutura local e no armazenamento de dados dentro dos próprios países ou regiões, conforme reporta a CNBC.
O conceito de “soberania de dados” visa garantir que os dados pessoais sejam processados e armazenados conforme as leis locais, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia.
A crescente demanda por essa infraestrutura localizada reflete a preocupação com a dependência de data centers localizados nos EUA, que geram desafios para a competitividade e resiliência tecnológica, especialmente na Europa.
Em resposta, empresas como a OVHCloud estão expandindo suas operações, oferecendo soluções de nuvem que cumprem as regulamentações locais e asseguram que os dados sejam tratados conforme as leis regionais.
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A era da “soberania da IA”
- A ideia de “IA soberana” está ganhando força, com exemplos como o modelo Italia 9B, criado para refletir a cultura, idioma e valores locais, como uma maneira de criar IA mais alinhada com as realidades regionais.
- Países como a Dinamarca também estão tomando medidas para garantir que a IA utilizada no país seja sensível aos valores locais.
- O primeiro passo foi o lançamento do “EU AI Act”, uma das primeiras regulamentações globais para o uso da IA.
A regulamentação, especialmente o GDPR, tem sido um dos principais motores dessa transformação, forçando empresas de tecnologia a repensar a localização e o controle dos dados. Além disso, empresas europeias como Ecosia, Qwant e Orange estão desenvolvendo projetos de IA soberana, para criar soluções mais locais e seguras para os consumidores.
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